Alta foi de 1,8%, enquanto o INPC fechou 2017 em 2,07%
O reajuste de 1,8% no salário mínimo este ano foi menor que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que é usado para balizar as altas do mínimo. O IBGE divulgou nesta quarta-feira que o índice fechou 2017 em 2,07%. Pela legislação que rege os reajustes, o valor deve ser atualizado pelo INPC do ano anterior mais o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Como houve recessão de 3,5% em 2016, o mínimo só teve a atualização monetária, no caso o INPC, índice que acompanha as variações de preços de famílias que ganham até cinco salários mínimos.
Esse reajuste menor tirou do salário mínimo vigente, segundo o Ministério da Fazenda, R$ 1,78 que serão compensados no cálculo do aumento em 2019, conforme determina a lei do mínimo. O ministério estimou em 1,81% a alta, levando o mínimo de R$ 937 em 2017 para R$ 954 em 2018.
O INPC ficou mais baixo que o IPCA, que monitora o sistema de metas de inflação do governo que fechou o ano em 2,95%, abaixo do piso da meta de 3%. O peso da alimentação em famílias de renda mais baixa é maior. Como esse grupo de produtos teve deflação inédita próxima de 5% em 2017, o INPC ficou menor que o IPCA em 2017.
POR O GLOBO